LÁGRIMAS OCULTAS
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida ...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago ...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim ...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca
PS: Eu estava postando outra e, qdo fui verificar, já tinha sido postada antes
2 comentários:
Não Mary!!
Lágrimas não têm vez, a menos que sejam de alegria!!!
Sorrir sempre!! =)
Bjoooooooooooos!!!!
eu também gosto dessa da angiospermafeia porrada(oi, eu sou babaca).
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