22.5.07

Por uma vida menos sedentária

Sinto-me definitivamente inchada. Olho meu reflexo no espelho do ônibus e estou inchada, minha barriga no espelho do banheiro e estou mais inchada ainda. Gorda não, que alguém que nem tem peso suficiente pra doar sangue não pode ser gorda. Mas a coisa tá feia. Minha mãe diz que é o que eu como. Eu acho que é alguma situação momentânea, porque eu sempre como mal e não é sempre que me olho e penso "merda!".
Pra começar, comprei umas sopinhas e chazinhos (é gostoso e parece que limpa o corpo por dentro, não acham?). Mas, rodeada por um espírito esportivo a uns quatro meses, decidi andar de bicicleta. Quinze minutinhos por dia, pra começar. Eu não tenho folego pra nada mesmo. Quando fui testar a bicicleta nova (tem três meses e menos de 10 vezes de uso), uma volta na quadra me deixou morta. Quinze minutos servem pra eu me acostumar e também não me sentir ocupando muito tempo com isso (eu também gostaria de separar 15 minutos por dia para ler cada uma das coisas que eu gostaria de ler e para treinar violão, mas não consigo resumir meu banho e a internet em 15 minutos para sobrar espaço).
Terça feira (segunda tem terapia, sem condições) já voltei pensando nisso no ônibus. "Não, não vou pegar a bicicleta logo que chegar. Vou comer, entrar na internet, falar com a Bia, dar uma descansada". A velha enrolação de sempre. Mas até que eu estava decidida. Comi e liguei o pc pra fazer uma seleção especial para andar de bicicleta. Como é bom ter um aparelho que não precisa pendurar uma bolsinha no guidão para levá-lo junto e nem cai no chão junto com as calças quando estou andando no esteira. Deixei dona Ana Beatriz falando sozinha antes que ficasse tarde e fui.
Foi só dar uma volta que o que eu temia aconteceu. Estava morta e querendo voltar antes mesmo de cinco minutos, além do pneu murcho. Mas ainda restava um pouco de força de vontade no meu coraçãozinho e fui até o posto de gasolina.
A bomba estava ali, em um canto escuro, onde se encontravam três pessoas e uma moto. Pai, filho adolescente e um mais novinho. Gente simples com problemas na beira da estrada com sua moto velha. Felizmente me ajudam, já que eu não pediria ajuda e iria apanhar sozinha da bomba em caso contrário. Fazer uma boa ação com uma riquinha (!? hahaha, até parece) sem noção com coisas simples como encher pneus (eu sei encher pneus sim, só não sei mexer com aquelas bombas eletrônicas de posto). Mobilizam até um frentista, que vem com canetas bic e alicates dar um jeito no pneu torto (por isso que ele não enche, tá explicado).
Saio de lá lépida e fagueira, agradecendo, sorrindo e mostrando como ando de bicicleta com uma leveza impressionante quando os pneus estão cheios. Me dirijo para a entrada da portaria, pego carona com um carro que entra na minha frente e, ops, a cancela cai em cima da bike. O guarda da portaria olha com uma expressão que diz "você está fazendo tudo errado, garota, saia já daí". Mas quem disse que eu conseguia sair? Descubro que minha calça prendeu na corrente e é impossível pedalar, sair andando e até ficar em pé do jeito certo, já que a cancela tombava um pouco a bicicleta. Lembrei de um caso desse anos atrás, quanto tivemos que chamar o pai da amiga presa para socorrer. Eu estava sozinha, sem pais em casa para socorrer e atrapalhando a entrada do condomínio. Que beleza. Após uns minutos de desespero, a calça soltou e preferi entrar pelo portão de pedrestres, levando a bicicleta na mão, com direito a tomar bronca do porteiro pelo interfone.
Percebam que até este momento eu ainda não andei efetivamente com o tal da bicicleta (estou repetindo demais a palavra bicicleta, sem encontrar um sinônimo interessante, pois não gostaria de ter que usar coisas como bike - que já usei - e magrela - argh). Bom, depois disso tudo, eu finalmente fiz o que estava disposta a fazer. E nem foi tão difícil... Fazem duas semanas e até já pedalei no frio usando cachecol cor-de-rosa (muito meigo, não?). Pelo menos não tive que ir no posto e ficar presa na portaria todas as outras vezes. E vamos ver até quando minha animação dura.

ps: olha, Bia, eu cito vc... ainda bem q vc sempre comenta como anonimo, neh?
ps2: alguns textos são um treinamento pra eu escrever sem propriamente terem algum atrativo. parece o caso desse.

Um comentário:

Anônimo disse...

não precisa me citar não.
você atropela demais as vezes no que voce ta falando.
tipo, ninguém entendeu do episodio da Mari do C, só eu pq eu te conheço.
ou vc explica o episódio ou nem fala.
"Saio de lá lépida e fagueira..."
e isso? vc foi procurar no dicionário? sei la, ficou legal, mas pra mim parece meio forçado.

e termina logo o banho que eu também quero tomar. tosca!