3.4.08

Há algo dentro em mim
E não consigo fazer sair
Faz o tempo rastejar
Me impede de sorrir

Olho para a rua
Lá eu me vejo
Andando entre as poças
Sufocando meu desejo

Minhas lágrimas inundam a cidade
Minha escuridão encobre o céu
A agua molha meu corpo
Fico envolta num gelado véu

O vazio preso em meu peito
É o vácuo que invade o universo
Meus pés estão gelados
Meu pensamento, submerso

Todos consultam a meteorologia
Então sabem como me sinto
Nublada, sujeita a chuvas, trovoadas
Por período indefinido

(meio sem unidade, mas gostei das imagens)

2 comentários:

Unknown disse...

Mari, eu sou fã das suas poesias, não canso de falar!

Essa entrou pro meu top poemas Mari.

Posso postar no meu? Dando créditos e o link pra cá?

Tb estou numa fase nublada, sujeito a chuvas e trovoadas no fim do dia por período indefinido hehe.

Bjão

Gabriela disse...

Tempos que não passo por aqui!

Mas, cada vez que passo me surpreendo. Você escreve muito. Já disse isso, né?!

Muito bom ir imaginando cada cena, e tentando entender o que trás cada entrelinha.

Meio coisa de filme, sacas? Que você vê a cena, as cores, sente a chuva e fica se perguntando o pq disso. Buscando uma forma de tentar ajudar.

Foi assim que me senti. É assim que me sinto com a maioria dos seus poemas.

Mais uma vez, parabéns, Mary!