26.11.08

A arte de saber fazer nada

Geralmente fazer nada é considerado algo positivo. Sem responsabilidades, sem stress, just relax. Mas nem sempre ficar parada é agradável. Por favor, me dê algo para fazer. Eu tenho arroubos terríveis de tédio angustiante. De chorar num sábado a tarde sem ninguém em casa. O fazer nada bom é quando se tem algo bom para fazer (nem que seja dormir). O fazer nada ruim é esse desespero que me força a escrever agora.
Tem gente que sobrevive bem nesse meio. Vide vagabundos e algumas madames. Eu não sou a pessoa mas pró-ativa do mundo, mas simplesmente não consigo. Reclamo quando as pessoas acham que está bom. Quero voltar para a cidade correndo depois de uma semana na praia. Quero ajudar a varrer o chão quando fico até o fim em uma festa. Quero trabalhar quando estou onde se supunha que eu iria para isso. Não que seja agradável. É que só olhar todos em atividade é pior. Quase como se estivesse sozinha. Não sei se pra melhor ou pra pior. É como se eu fosse uma inútil.
Dizem como é bom ficar um mês de bobeira e ganhar por isso. Não é, juro que não. Eu fico quieta sem fazer nada, esperando o tempo passar, sendo a que joga paciência enquanto os outros se esforço. E não posso fazer nada a respeito. Nada. A não ser escrever e ver se, pelo menos esse mês, eu não deixo esse blog criar teias. Meio que forçada pelo destino, mas pelo menos serviu para algo.
Este é o preço que se paga por algumas mudanças da vida, passar um tempo sendo um sujeito indeterminado.