13.4.14
5.4.10
E então me desfaço no ar
Eu quero sumir
Não quero te ver
Quero me libertar
Choro pra não amar
Sinto muita vergonha
Da minha fraqueza
Do que não me deixa voar
Sinto meu mundo despencar
Parece que perdi a esperança
Crescer e morrer como criança
Tenho que fazer parar
Evitar meu iminente fracasso
Mas, mais uma vez, me desfaço
Por Mari às 14:57 1 comentários
Em: poesia
14.3.10
Depressão pós-parto
Não sei porque minhas lágrimas incomodam
Se você é a causa
Se eu choro
Cada vez que nossos olhares cruzam
Se eu choro
Cada vez que você me dirige a palavra
Eu busco consolo em seus braços
Para aplacar minha dor
Mas seu amor por mim é ódio
E prefere a distância do que o calor
Então me recolho
Sem entender por que a vergonha é maior
Do que a vontade de me ver sorrir
Então me pergunto
Se o fato de eu viver e sentir incomoda
Porque teve que me parir
Por Mari às 22:24 0 comentários
4.10.09
É tão pouco o que eu peço
Quero uma companhia
Pros sábados preguiçosos
O balanço da rede
O sol batendo gostoso
É tão pouco o que peço
Quero estar com você
E você sempre comigo
Sorrir porque mais que amante
Tenho um amigo
É tão pouco o que peço
Fazer parte da sua vida
E você parte da minha
Compartilhar o bom e o ruim
Doar felicidade e curar feridas
É tão pouco o que peço
Quero ser independente
Tendo um ao outro pra apoiar
Poder ser inconseqüente
Deixando o amor me levar
Por Mari às 20:04 1 comentários
Em: poesia
Me ame é tudo que peço
Me ame e seja amado
Me ame com o tempo
Me ame como namorado
Me ame com cuidado
Me ame com paixão
Me ame com esmero
Me ame de coração
Me ame em silêncio
Me ame num sussurro
Me ame falando alto
Me ame no escuro
Me ame do meu jeito
Me ame do meu lado
Me ame durante a semana
Me ame aos feriados
Me ame de leve
Me ame com carinho
Me ame à distância
Me ame mais pertinho
Me ame com força
Me ame com vontade
Me ame calmamente
Me ame de verdade
Me ame por inteiro
Me ame como um louco
Me ame com desespero
Só não me ame pouco
Por Mari às 01:51 0 comentários
Em: poesia
7.9.09
Irremediavelmente envolvida
O fim de semana passa devagar
Fico aqui recolhida
Espero a semana chegar
Calmamente enlouquecida
Aguardo você me ligar
Me sentir querida
Deveria te chamar
Deliciosamente perdida
Eu queria te contar
Mas sou tão esquecida
Tente me decifrar
Sentimentalmente mexida
Enquanto você não chegar
Levo a minha vida
Tentando não errar
Por Mari às 03:19 0 comentários
Em: poesia
3.7.09
Nobody said it was easy...
Não imaginava que fosse desse jeito
Sigo vivendo minha vida
Mas sua ausência dói no meu peito
Eu achava que fosse fácil
Mas eu sou tão frágil
E facilmente me desfaço
Pensava que seria segura
Mas te amo demais
E perder seria loucura
Talvez eu não sentisse medo
Mas ainda sou eu mesma
E para mudar ainda é cedo
Quem sabe devesse ficar muda
Mas escrever é minha sina
E escolho ter minha alma desnuda
Por Mari às 23:53 0 comentários
Em: poesia
12.6.09
Eu sinto a pele trêmula. Vem um ar frio da janela, mas não é esse o motivo. A pele treme porque te sinto em cada pedaço de mim, como eu não imaginava sentir. Então penso em escrever sobre isso, sobre como eu estou me sentindo, mas as frases fogem. Eu não sou mais mente, sou corpo e alma, que sentem, não pensam. Aí me movo devagar, no ritmo que você me leva. Podem passar alguns minutos ou horas e fico feliz em ver como estou corada, em perceber que estou com o seu cheiro impregnado em mim. Depois outro dia passa com o nosso beijo proibido guardado, os toques controlados, os desejos digitados, mas mesmo assim sigo aproveitando nossas músicas, nossa conversa, nosso nonsense e nossas risadas. E só me resta sentir o que se passa dentro de mim agora, o que eu não esperava sentir tão cedo, o que não sabia como encontrar.
Por Mari às 23:00 1 comentários
31.5.09
Eu sou a princesa encastelada
Minha solidão nunca se apaga
Quando parece que vai ter fim
Me explicam que não é bem assim
Atenção com os horários
Preencha três formulários
Submeta a ficha do namorado
Ai se o príncipe não for encantado
Eu fujo de seus ideais
Mas meus desejos são normais
O que para um é absoluta verdade
Para mim não é prioridade
Queria voar
Queria sentir
Ver minha vida prosseguir
Me entregar
Me conhecer
Mas nunca vou crescer
Por Mari às 01:00 0 comentários
Em: poesia
12.2.09
Minhas mãos estão atadas
Inevitavelmente atadas
Os problemas passam a minha frente
Eu não posso fazer nada
Quero fazer as coisas acontecerem
As pendências desaparecerem
Poderia ser diferente
Mas sinto me esquecerem
Os passos dados no escuro
Pressionada num caminho inseguro
Levada pela angústia
Tudo é sujeito a enganos
Não uso nenhum de meus planos
Mas tenho que seguir na busca
Por Mari às 17:21 2 comentários
Em: poesia
18.12.08
Alguns passos para o vício
Toda manhã é a mesma rotina. Durante o dia, eu preciso de mais, mas tenho que evitar. É como uma droga, a quantidade vai sempre aumentando. O que eu usava anos atrás já não me satisfaz. Minha mãe me incentiva, diz que ainda uso pouco. Vejo pessoas em estados mais graves na rua. Desfiguradas, acordam de manhã e não se reconhecem ao olhar no espelho. Antes de dormir, percebo como a sujeira transparece nos meus olhos. Mas o melhor jeito de disfarçar usando mais e mais.
É fácil encontrar em qualquer farmácia ou loja de departamento. Alguns lugares chiques também comercializam. Revistas ensinam como usar.
Apesar de aceito completamente pela sociedade, em especial as mulheres, não há como negar: maquiagem é como um vício. Um mundo onde o pó que todos consomem é compacto e tem que combinar com a sua pele (ou não, causando um efeito ainda mais devastador).
Eu ainda era jovem quando resolvi testar um kit da minha mãe nos meus olhos. Segui instruções que havia lido e me senti poderosa em instantes. Mas a quantidade era muito grande para alguém da minha idade usar socialmente. Não estava acostumada, os conhecidos poderiam estranhar e comentar. Então comecei com um simples lápis marrom comprado na farmácia. As vezes, quando lembrava, um rímel transparente. Aí que começa o problema, quando você usa sempre e se acostuma. A dose diária passa a ser nada, não tem mais aquele efeito.
Um dia, perdi esse lápis marrom. Infelizmente, só encontrei um preto em casa para substituir. Como eu já devia ter previsto, não consegui voltar a usar o marrom depois de re-encontrá-lo. Era tarde demais. Hoje perco alguns minutos todas as manhãs riscando meu olho por todos os lados com o lápis mais preto que posso encontrar. Procuro em todas as lojas, converso com outras viciadas (e também viciados, por que não?) sobre qual tem o efeito mais duradouro e o preto mais preto. Pinto meus cílios já escuros com algo que é quase uma graxa sobre os olhos e dá um trabalho pra tirar.
Mas eu ainda estou numa fase leve e fico só nisso. Apesar de ter tentado, o batom não é uma droga que me atrai. Por sorte, rejeito base, pó e blush. Estes são os piores. Te tiram a aparência humana. E, cuidado, o problema tende a piorar com a idade e algumas senhoras, num momento de desespero, apelam para a maquiagem definitiva. Coitadas. Por mais que não saia no banho ou precise de um ritual matutino, vão querer sempre mais. E apelar para vícios mais graves e contra-indicados, como lifting e toxina botulinica. Mas essa já é outra história.
Por Mari às 15:52 1 comentários
3.12.08
blog zen
Movimento do "slow blogging", inspirado na idéia de "slow food", prega que páginas pessoais de internet sejam convite à reflexão, em vez de noticiosas e imediatistas
SHARON OTTERMAN
DO "NEW YORK TIMES"
Quando Barbara Ganley quer refletir sobre a vida, ela caminha pela paisagem rural de Vermont, volta para casa sem pressa e depois escreve em seu blog sobre o que fez e meditou. Num post recente, ela escreveu sobre as impressões geladas deixadas na neve pelos veados quando dormem. Em outro, comentou que quer ir trabalhar de bicicleta e fazer mais reciclagem.
Se seu blog, bgblogging.wordpress.com, soa tranqüilo e repleto de divagações, é porque é exatamente isso. Mas é justamente esse o objetivo. Ganley, 51, integra um movimento pequeno e singular conhecido como "slow blogging" -o blogging sem pressa.
A prática é inspirada no movimento do "slow food", segundo o qual o fast-food está destruindo tradições locais e hábitos alimentares saudáveis. Os proponentes do slow food acham que a comida deve ser local, orgânica e sazonal; os "slow bloggers" acham que blogs movidos por notícias são o equivalente aos restaurantes de fast food -ótimos para consumo ocasional, mas insuficientes para garantir o sustento humano no longo prazo.
Um Manifesto Slow Blog, escrito em 2006 por Todd Sieling, consultor de tecnologia de Vancouver, Colúmbia Britânica, apresentou os princípios do movimento: "O slow blogging é a rejeição do imediatismo", escreveu. Devido à ausência de leitores, Sieling não anda mais escrevendo em seu blog.
Mas Barbara Ganley, que deixou recentemente seu emprego de professora de redação no Middlebury College, compara o "slow blogging" à meditação. Segundo ela, o "slow blogging" é "ficar em silêncio por alguns minutos antes de escrever e jamais escrever a primeira coisa que lhe vem à cabeça".
Em seu blog, Ganley justapõe imagens e textos, tecendo reflexões sobre a paisagem local. Ela tende a incluir posts uma ou duas vezes por semana, mas às vezes passa cerca de um mês sem incluir material novo.
Radicais
Alguns "slow bloggers" gostam de testar ainda mais a atenção de seus leitores. Acadêmicos postam artigos longos sobre estilos de dar aula, enquanto especialistas em tecnologia fazem experimentos para determinar quão pequena pode ser a freqüência de seus posts antes de serem abandonados por seus leitores.
A abordagem é uma provocação dirigida a blogs grupais populares como Huffington Post, The Daily Beast, Valleywag e Boingboing, que podem difundir até 50 itens por dia. Os leitores lotam esses sites, e os anunciantes tomam nota do fato.
Entre os "slow bloggers" e os bloggers a jato, existe um meio termo enorme -centenas de milhares de pessoas que não se esforçam para atrair anúncios e repercussão, mas escrevem porque querem comunicar-se com colegas e amigos que pensam como eles.
Essas pessoas vêm sendo a base do gênero desde o princípio, mas, recentemente, sua produção vem passando por uma mudança drástica. Na prática, se não declaradamente, elas estão cada vez mais praticando o "slow blogging".
"Tenho notado uma redução marcante nos posts -estou falando dos bloggers mais visíveis, aqueles que têm cem, 200 ou mais leitores", comentou Danah Boyd, doutoranda da Universidade da Califórnia em Berkeley que estuda cultura popular e tecnologia. "Acho que as pessoas que escreviam posts longos, refletidos, continuam a fazê-lo, mas as que escreviam posts ao estilo "ei, dê uma olhada nisso" estão indo para outros fóruns."
A tecnologia é parcialmente responsável. Dois anos atrás, se uma pessoa queria compartilhar um link ou um vídeo com amigos ou lhes informar de um evento que teria lugar, ela postava a informação num blog.
Hoje é muito mais rápido digitar 140 caracteres num Twitter update (também conhecido como tweet), compartilhar imagens no Flickr ou usar o serviço de notícias do Facebook. Em comparação com isso, um programa tradicional de blogging como o WordPress pode parecer glacial.
Outra razão pela qual alguns bloggers vêm reduzindo o ritmo de suas contribuições é o puro cansaço. Siva Vaidhyanathan, professor na Universidade da Virgínia, fechou seu blog muito lido, o Sivacracy, em setembro, em parte porque estava exausto com as demandas que o acompanhavam. "Quando você tem seu próprio blog, há muita pressão imaginária para publicar constantemente, ser espirituoso, escrever bem.
Ninguém consegue conviver com isso", disse ele.
Barbara Ganley, a blogger de Vermont, tem um slogan que capta a tendência perfeitamente: "Escreva num blog para refletir; escreva tweets para se conectar". "O blogging é aquele lugar sem pressa", diz ela.
Tradução de CLARA ALLAIN - Folha de S. Paulo
Eu acho q pratico slow blogging sem saber. Não é ideologia, é falta de método. E, realmente, agora eu uso o twitter para falar "coisinhas". Gostei dos cientistas calculando qto tempo demora pras pessoas deixarem de ler o blog. rs
Por Mari às 23:40 1 comentários
Em: alheia, textos aleatórios
26.11.08
A arte de saber fazer nada
Geralmente fazer nada é considerado algo positivo. Sem responsabilidades, sem stress, just relax. Mas nem sempre ficar parada é agradável. Por favor, me dê algo para fazer. Eu tenho arroubos terríveis de tédio angustiante. De chorar num sábado a tarde sem ninguém em casa. O fazer nada bom é quando se tem algo bom para fazer (nem que seja dormir). O fazer nada ruim é esse desespero que me força a escrever agora.
Tem gente que sobrevive bem nesse meio. Vide vagabundos e algumas madames. Eu não sou a pessoa mas pró-ativa do mundo, mas simplesmente não consigo. Reclamo quando as pessoas acham que está bom. Quero voltar para a cidade correndo depois de uma semana na praia. Quero ajudar a varrer o chão quando fico até o fim em uma festa. Quero trabalhar quando estou onde se supunha que eu iria para isso. Não que seja agradável. É que só olhar todos em atividade é pior. Quase como se estivesse sozinha. Não sei se pra melhor ou pra pior. É como se eu fosse uma inútil.
Dizem como é bom ficar um mês de bobeira e ganhar por isso. Não é, juro que não. Eu fico quieta sem fazer nada, esperando o tempo passar, sendo a que joga paciência enquanto os outros se esforço. E não posso fazer nada a respeito. Nada. A não ser escrever e ver se, pelo menos esse mês, eu não deixo esse blog criar teias. Meio que forçada pelo destino, mas pelo menos serviu para algo.
Este é o preço que se paga por algumas mudanças da vida, passar um tempo sendo um sujeito indeterminado.
Por Mari às 16:43 0 comentários
10.8.08
But not for you, my love, not tonight, my love.
Love is natural and real,
But not for such as you and I, my love.”
Olha só, eu tive um sonho essa noite. Sabe como são sonhos, então não lembro muito bem. Éramos eu, você, minha mãe apareceu também. Algumas vezes estávamos no condomínio que eu morava. Nós saíamos, nos divertimos. Eu me sentia só as vezes, você vinha atrás de mim para me fazer sorrir e me distrair. Me procurava quando eu me escondia. Me provocava quando eu esmaecia. Era muito bom, mas tinha algo que a gente não demonstrava claramente, algo que a gente não dizia. Por receio, quem sabe timidez. Lá pelo fim do sonho, minha mãe, com o seu sexto sentido materno (que nem sempre funciona como diz a lenda), percebeu o que estava escondido e falou. Sorrimos aliviados, afinal alguém disse o que estava preso em nossas gargantas e tínhamos medo de dizer. E então pudemos namorar sem ninguém ter o peso de ser aquele que toma a atitude e se declara.
Na vida real as coisas não acontecem desse jeito. Minha mãe, nem ninguém, vai chegar e resolver. E isso dói, me angustia. Assim como aconteceu quando assisti a um filme meses atrás. Fiquei sensível, tensa, ansiosa. Esse meu sonho fez tudo voltar e eu ver que talvez esteja perdendo tempo. Mas eu nem sei se você existe para que eu possa fazer algo. Se não é a junção de um cara real X com um príncipe encantado Y, o que forma um cara real acima da média, próprio para se sonhar. Sinto como se fizesse isso o tempo todo, tendo intensos relacionamentos mentais com semi-desconhecidos (com diferentes graus de conhecimento/desconhecimento), sem que eles dêem conta disso. Eu sofro, eu tremo, eu sou ridícula mesmo, e acho que nenhum dos alvos tem alguma noção do que se passa na cabeça daquela menina (no caso, eu).
As vezes acho que posso citar a proporção de cada um deles que forma o ser ideal. As vezes acho que quero alguém por inteiro, de verdade, com qualidades, defeitos e babaquices. Por mais que o conheça pouco ou quase nada e complete o que falta com minha fértil imaginação, é com você que sonhei a noite passada.
Por Mari às 00:05 4 comentários
1.8.08
vê só, não rolou o hábito hehe
e tô pensando q esse blog merece um template proprio, vai fazer 2 anos logo... mas se eu pouco escrevo, imagina fazer template? hehehe ainda aquela organização de layout por módulos móveis do blogger é tão pratica
Por Mari às 22:22 2 comentários