Há algo dentro em mim
E não consigo fazer sair
Faz o tempo rastejar
Me impede de sorrir
Olho para a rua
Lá eu me vejo
Andando entre as poças
Sufocando meu desejo
Minhas lágrimas inundam a cidade
Minha escuridão encobre o céu
A agua molha meu corpo
Fico envolta num gelado véu
O vazio preso em meu peito
É o vácuo que invade o universo
Meus pés estão gelados
Meu pensamento, submerso
Todos consultam a meteorologia
Então sabem como me sinto
Nublada, sujeita a chuvas, trovoadas
Por período indefinido
(meio sem unidade, mas gostei das imagens)